Igrejas de Vicenza

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Catedral de Santa Maria Annunciata - Piazza Duomo - Vicenza

No local de um assentamento romano pré-existente aqui foi construída uma igreja no início da era cristã dedicada a Santa Eufêmia, mártir cristã cujas relíquias ainda se conservam na Catedral, posteriormente ampliada no século VIII para ser dedicada à Virgem e depois fortemente remodelado nos séculos XII e XIII; mas o projecto que deu ao edifício o seu aspecto actual só foi iniciado no século XV com projecto de Lorenzo da Bologna, arquitecto ponte entre as escolas toscana e renascentista italiana, e concluído no século seguinte por Andrea Palladio que também assinou o projeto da cúpula da Catedral de Santa Maria Anunciata sob a égide da Sereníssima República de Veneza.
A Catedral sofreu muito com os bombardeios anglo-americanos durante a Segunda Guerra Mundial, que arrasaram seu perfil, deixando apenas a fachada intacta; a reconstrução foi feita com rigor histórico mas todos os ciclos de frescos que a igreja albergava ficaram irremediavelmente perdidos.
O interior da igreja oferece uma visão da estratificação arquitetônica que ocorreu ao longo dos séculos: mosaicos cristãos primitivos e colunas cruciformes testemunham as transformações passadas a que o local foi submetido.
Entre as obras conservadas no interior, destacam-se o Políptico de Lorenzo Veneziano com a Dormitio Virginis (1366) e a Adoração dos Magos de Francesco Maffei.

Basílica dos Santi Felice e Fortunato - Corso Ss. Felice e Fortunato, 219 - Vicenza

O primeiro edifício de culto foi construído neste local após o edito de Constantino (313) que sancionou a liberdade cristã definitiva de culto e a adesão oficial ao cristianismo do Império Romano. A área já foi afetada pela atividade de enterro na época anterior; de fato, numerosas tumbas retornaram caules e inscrições, moedas e objetos de vários tipos. Uma faixa de mármore vermelho dentro da igreja atual define o que resta do antigo local de culto paleocristã.

Igreja de San Giorgio in Gogna - Viale Fusinato, 115 - Vicenza

Presume-se que o edifício tenha origem numa capela medieval longobarda datada do século VIII, posteriormente transformada para dar origem à atual forma arquitetónica medieval.
De qualquer forma, um documento datado de 983 o menciona. O local de culto passou posteriormente para a Ordem Beneditina que já estava instalada na Basílica dos Santos Felice e Fortunato, que se comprometeu a recuperar a área circundante ao edifício.
De meados do século XIII até 1630, San Giorgio in Gogna foi usado como um lazaret para a hospitalidade e "cura" das vítimas da peste; no entanto, a denominação atual se desvia de seu uso como prisão em tempos posteriores.
A igreja tem planta de nave única com fachada de pedra e interior com teto de vigas e abside semicircular; na parede interna da contrafachada pode-se admirar o retábulo de Alessandro Maganza (1556-1630) representando a Aparição da Virgem a Vincenza Pasini.
A pequena igreja não escapou dos bombardeios da Segunda Guerra Mundial; a aparência atual é fruto de uma fiel e preciosa reconstrução exegética.